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Você não deveria escolher entre Linguística e Literatura na graduação

Atualizado: 23 de abr. de 2022

Em 2021, assumi aulas nas quatro principais frentes pedagógicas que um professor de Língua Portuguesa pode assumir: gramática, redação, interpretação de textos e literatura. Sim, eu não tenho juízo certo e isso vai voltar à pauta depois.


O negócio é que, tendo sido bolsista de Iniciação Científica (IC) em Linguística Aplicada por três dos quatro anos da graduação em Letras, pisei no chão da sala de aula sentindo muito mais afinidade com as matérias que envolviam conhecimentos linguísticos do que com as que tratavam de literatura.


O contexto ajudou. Fiz Letras na Uece e, ao mesmo tempo que havia um forte programa de pós-graduação stricto sensu em LA, mal havia professores de Literatura dispostos a orientar grupos de estudos formados pelos próprios estudantes. 🤷🏾‍♂️


Entrei no curso por conta da paixão pela Literatura, mas não foi graças a ela que permaneci lá. Como resultado dessa carência, logo em meu segundo ano, fui aprovado para ser bolsista de IC num projeto da área de LA, o que acabou me incentivando a direcionar minha dedicação muito mais a esse campo do curso, prematuramente.


Ainda hoje, recebo mensagens de pessoas graduandas que se identificam mais com essa ou com aquela área e meu conselho é sempre o mesmo: aproveite a horizontalidade da graduação. É na pós-graduação ou, no máximo, no fim da faculdade que precisamos verticalizar nossos estudos, traçar alguma especialização.


A horizontalidade dos cursos de graduação, especialmente em licenciaturas, é fundamental para permitir o trânsito de estudantes entre os diversos campos de atuação profissional e acadêmica possíveis.

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